quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Secom aciona PF para apurar verba paga a jornais-fantasmas

Por: Redação Portal IMPRENSA

Na última segunda-feira (12/11), a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) acionou a Polícia Federal para apurar o recebimento de verba de publicidade oficial por parte de cinco jornais que não existem. O órgão negou falha e defendeu as medidas já tomadas.

No domingo (11/11), o jornal Folha de S.Paulo revelou que publicações fictícias de uma empresa de São Bernardo do Campo (SP) receberam R$ 135,6 mil de publicidade federal entre janeiro de 2011 e julho de 2012, ficando em 11º lugar no ranking de recebimento de verbas no período.

Os cinco títulos da empresa são inexistem em bancas da região do ABC, onde supostamente são editados. Além disso, os jornais não são cadastrados em nenhum sindicato e são desconhecidos de jornalistas e jornaleiros da região.

Segundo a Secom, em maio, esses jornais foram excluído do recebimento de verba oficial por "não cumprirem exigências de informações técnicas", afirmando que, em 2012, não houve transferência de verba para a Laujar. "Desde o início de 2011 foram inabilitados do cadastro cerca de 1.200 títulos de jornal, por não cumprirem as exigências da Secom", explicou o órgão.

Exemplares de alguns títulos enviados pela Laujar à Presidência da República contêm sinais de serem forjados. Supostas edições do dia 15 de março de 2011 têm os mesmos textos, mudando apenas o nome da publicação.

Auditoria
O senador Álvaro Dias (PR), líder do PSDB no Senado, pediu uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) nos contratos de publicidade.

Existem, sim
O dono da Laujar, Wilson Nascimento, alegou que os jornais existem, que o grupo de publicações existe há 24 anos e que seu títulos circulam de terça-feira a sábado, mas não informou em quais bancas é possível encontrá-los.

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