sexta-feira, 4 de maio de 2012

Racha no Sinsepeap revela que nem todos concordam com o presidente da entidade

Por Ricardo Santos

Nos últimos dois dias professores contrários a greve e que são a favor do reajuste de 15,56% oferecido pelo governo do Amapá começaram a se mobilizar para provocar uma nova assembleia geral, para que a categoria novamente decida pela manutenção da paralisação ou pelo fim da mesma. No entanto, o presidente do Sindicado dos Servidores Estaduais da Educação (Sinsepeap), Aroldo Rabelo, se mantém irredutível em convocar os professores. Ele argumenta que a categoria já decidiu sobre esse assunto.
A professora Giorgiana Fonseca, diz que é preciso coerência e que a intransigência do sindicato não é compartilhada por todos, que segundo ela são mais de 800 docentes contrários a greve. “Estamos recolhendo assinatura dos professores e vamos convocar uma nova assembleia. Somos a favor que se faça uma mesa permanente de negociação, mas sem prejudicar milhares de estudantes”, desabafou a educadora.
E nesta quinta-feira,03, o grupo que é a favor do fim da greve ocupou emissoras de rádios e televisão e convocou os professores que também discordam da atitude do sindicato para que os mesmos assinem o documento que solicita uma nova assembleia geral.
Segundo o governo, a proposta de fazer um reajuste de 15,56%, é o maior aumento salarial dada à classe dos professores nos últimos 16 anos. No entanto, o Sinsepap exige do GEA o pagamento do piso salarial da categoria, estipulado em R$ 1.451,00, o que corresponderia a um aumento na folha de pagamento do Estado de 33,7%. O governo declara inviabilidade orçamentária e chegou a apresentar planilhas de custos que comprovam a indisponibilidade orçamentária do Executivo para reajustar o salário com este percentual.

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