sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Movimento pede punição dos indiciados pela Operação Mãos Limpas, no Amapá

Movimentos sociais, partidos políticos e cidadãos engajados realizam, neste sábado, 10, o Movimento Passando a Limpo o Amapá. A concentração ocorre a partir das 8 horas da manhã, na Praça Veiga Cabral, em Macapá, capital do estado. Segundo os organizadores, a manifestação popular vai pedir a punição dos indiciados pela Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal, desencadeada para desmantelar uma quadrilha que agia dentro do Governo do Estado, que ficou conhecido como “governo da harmonia”.
Na época, foram presos o governador do estado e candidato à reeleição Pedro Paulo
Dias, o ex-governador e candidato ao Senado Waldez Góes, a ex-primeira dama e candidata a deputada estadual Marília Góes, o presidente do Tribunal de Contas do Estado José Júlio Miranda, secretários de estado, servidores públicos e empresários. A Operação Mãos Limpas tornou-se visível no dia 10 de setembro de 2010, quando ocorreu a maioria das prisões. Foram mobilizados 600 policiais federais para cumprirem os 18 mandados de prisão temporária, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão.
Segundo os organizadores do Movimento Passando a Limpo o Amapá, a ação da quadrilha provocou um rombo de R$ 1 bilhão e 700 milhões nos cofres estaduais. O montante equivale à dívida do Governo do Amapá. Até as parcelas de empréstimos consignados eram descontadas dos servidores mas não foram pagas aos agentes financeiros: R$ 74 milhões desapareceram. A previdência dos servidores estaduais também foi lesada. A dívida com a AMPREV chega a R$ 422 milhões. Ao INSS, o Governo do Amapá deve R$ 177 milhões. A dívida do Executivo, da Assembleia Legislativa e do Judiciário fora renegociada, mas o acordo não foi cumprido pelo “governo da harmonia”. O calote do governo Waldez impede nova negociação pelo atual governo e torna o estado do Amapá inadimplente e por isso impedido de acessar R$ 180 milhões do BNDES que seriam usados para melhorar o serviço público de saúde. Agora, o INSS só aceita a quitação da dívida à vista e o Amapá será obrigado a pagar juros de recursos externos para pagar a conta.

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