sábado, 20 de fevereiro de 2010

O BOTO



RETIRADO DO TCC:A CULTURA AMAZÔNICA, EM ESPECIAL A DO AMAPÁ E
A IMPORTÂNCIA DO MARABAIXO PARA O FOLCLORE LOCAL.
Autoria: Claudionor dos Santos.

Muitas histórias se têm contato e escrito sobre o boto na região do Amapá. Historia de boto que se transforma em gente e que se envolve com as moças do interior. O senhor Sebastião de 70 anos de idade, um dos informantes, embora se encontre na cidade de Mazagão.
Ele contou-me essa história, em que o boto conquista uma moça muito bonita. Nadir era uma moça muito bonita e quase não saía de casa, só em ocasião muito importante e mesmo assim era acompanhada pela sua família.
O Senhor José, um morador das redondezas resolveu fazer um festa de final de ano em sua residência, o mesmo morava à beira do Rio Vila Nova. Quando viu, chegou numa canoa, um homem bem vestido, desconhecido da região, trajando roupas brancas, sapato branco, boné branco. O senhor José dono da casa, já tinha preparado a mesa para os convidados, o senhor Raimundo pai de Nadir já se encontrava à mesa; vários casais estavam dançando e Nadir estava sem par. De repente o homem de branco, entrou na sala, conversou e ofereceram-lhe bebida, o mesmo disse que não bebia, ficou olhando para Nadir e resolveu tira-la para dançar, foram vários músicas e sua mãe dona Maria ficou admirada dizendo: - A Nadir achou seu par! Deram uma pequena pausa e se dirigiram ap pai de Nadir, ao qual o rapaz foi apresentado e o mesmo disseram que morava do outro lado da região e que sempre freqüentava festa distante.
Nadir olhava para ele e seus olhos mostravam que estava gostando do mesmo; voltaram a dançar e quando deu meia noite, o rapaz a convidou para sair do salão, foram para fora de casa e ficaram namorando no escuro. O rapaz convenceu Nadir a ir para a casa dela e lá se relacionaram. Depois de um bom tempo, o senhor Raimundo mandou João ir até sua casa para buscar bebidas. Chegando perto da casa ouviu gemidos, estranho e foi pela porta da cozinha, empurrou e quando entrou na casa, o rapaz pulou pela janela desesperadamente e João correu atrás dele em direção à ponte e ele se jogou no rio, quando boiou já era um boto.
João voltou à sua casa para pegar sua garrucha, mas o boto já estava longe quando retornou. De volta para casa, foi até à rede de sua irmã, que ainda estava adormecida. Chamou-
a e a mesma foi se acordando lentamente. Perguntou-lhe quem era aquele homem que saiu aqui e ela disse: - É o meu namorado. Então João falou: - É um boto, tentei mata-lo, mas não consegui. Nadir ficou assustada, chorou e disse que ele a tinha possuído e que ela gostava muito dele.
Nadir ficou vários dias esperando por ele, mas este não mais apareceu. Seu pai chamou-lhe e aconselhou a deixar o boto ou ele iria levá-la. Mas Nadir continuou apaixonada chorando pelos cantos, até que um dia resolveu sair daquele lugar e veio para Macapá, assim ela esqueceu o amor que sentia pelo boto. Contado por (SEBASTIÃO)

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