sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A LENDA DO AÇAÍ



RETIRADO DO TCCC: A CULTURA AMAZÔNICA, EM ESPECIAL A DO AMAPÁ E
A IMPORTÂNCIA DO MARABAIXO PARA O FOLCLORE LOCAL

AUTORIA: Claudionor dos sANTOS.

Antes de existir a cidade de Macapá capital do Estado do Amapá, na Amazônia, existia uma tribo muito numerosa que ocupava aquela região. Os alimentos eram escassos e a vida tornava-se cada dia mais difícil devido à necessidade de alimentar todos os índios da tribo.
Foi aí que o cacique da tribo, chamado de Itaki tomou uma decisão muito cruel. Ele resolveu que a partir daquele dia todas as crianças que nascem seriam sacrificadas para evitar o aumento de índios na sua tribo. Um dia, no entanto, a filha de cacique que tinha o nome de Iaçã, deu à luz uma linda menina, que também teve que ser sacrificada. Iaçã ficou desesperada e toda a noite chorava com saudades de sua filhinha. Durante vários dias, a filha do cacique não saiu de sua tenda. Em oração pediu a Tupã que mostrasse ao seu pai uma outra maneira de ajudar o seu povo, sem ter que sacrificar as pobres crianças.Depois disso, em uma noite de Lua Cheia, Iaçã ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua filhinha sorridente, ao pé de uma esbelta palmeira. Ficou espantada com a visão e em seguida, lançou-se em direção à filha tentado abraça-la. Mas misteriosamente a menina desapareceu. Iaçã ficou inconsolável e chorou muito até desfalecer.
No dia seguinte seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira. No rosto de Iaçã havia um sorriso de felicidade e seus olhos negros fitavam o alto da palmeira, que estava carregada de frutinhos escuros. O cacique Itaki então, mandou que apanhassem os frutos e em um aguidá de madeira, foi amassado e obtiveram um vinho avermelhado que foi batizado com
o nome de Açaí, em homenagem a Iaçã (que invertido é açaí). Com o açaí, o cacique alimentou
seu povo e a partir deste dia, suspendeu sua ordem de sacrificar as crianças.
Esta lenda era contada por um popular muito antigo da região de Mazagão (BENEDITO TAVARES), que foi passada de geração, do jeito que eu encontrei no livro sitado pelo autor.

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